domingo, 30 de dezembro de 2012

Felicidade?

E termino 2012 vendo dois amigos divagando nas redes sociais sobre felicidade: um, extremamente pessimista, prega que ela não existe, é mera ilusão, baseada em nossos atos consumistas. Já o outro, prega que ela está no simples, no interior, na fé.

Não discordei com nenhum dos dois, são meu amigos e quero que continuem. Cada um a vê de um modo, no seu momento e talvez, esse texto sobre felicidade, de Sérgio Vaz, interpretado pelo Teatro Mágico, expresse um pouco disso...

Disse o mais tolo: "Felicidade não existe."
O intelectual: "Não no sentido lato."
O empresário: "Desde que haja lucro."
O operário: "Sem emprego, nem pensar!"
O cientista: "Ainda será descoberta."
O místico: "Está escrito nas estrelas."
O político: "Poder"
A igreja: "Sem tristeza? Impossível.... (Amém)"

O poeta riu de todos,
E por alguns minutos...
Foi feliz!


Seja qual for seu caminho, sua visão, um 2013 feliz!!!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Casar pra quê?


E quantas vezes ouvimos isso pelas rodas de amigos, pelos bares, pelas ruas...


E o casar que me refiro nada tem a ver com os meios legais ou religiosos, mas com aqueles que estão dispostos a morar no mesmo teto, dividir a cama, as contas, as tarefas.


Nossa, parece uma série de responsabilidades, falta de liberdade. 

A primeira afirmação é verdade, em cada detalhe. 
Já a segunda depende do ponto de vista.Eu acredito que liberdade e responsabilidade estão interligadas.

Eu tenho liberdade para abandonar aquele emprego que toma todo o meu tempo, mas eu tenho a responsabilidade cuidar da minha família, então não o faço. Por responsabilidade procuro algo que atenda minha necessidade.


Eu tenho liberdade para falar e fazer o que quiser da minha vida. Mas não o faço por respeito, medo, infinitos motivos.


São só exemplos...


Como em tudo na vida, temos o lado bom e o ruim. Os altos e baixos. A alegria e a tristeza...

E porque no casamento seria diferente?

Somos bombardeados com motivos para não casar. 


Mas qual solteiro também não teve suas próprias crises?

Ou vai me dizer que a vida de solteiro é 100% baladas, viagens, amigos, dinheiro, liberdade, programas interessantes passando na TV. 
Lógico que não...

Então casar pra quê?


Para ter alguém com quem dividir seu mundo.Alguém que você ame e que também te ame.

Alguém que escuta suas manhas, suas histórias, seus sonhos.
Alguém que te encanta com um simples sorriso ou com uma simples rosa.
Alguém que estende a mão quando você não sabe qual caminho seguir.

E são só flores?


Lógico que não, são louças, toalhas, contas.... 


Mas quando o amor, a vontade de fazer dar certo estão presentes, as responsabilidades valem a pena.


Mais uma vez, casar para quê?

Para não ficar só? 
Porque a festa é bonita?

Antes de tudo, tem que ser sincero consigo e ver o que quer para sua vida... 


E ser sincero ao responder pra si mesmo: Casar pra quê? 


Pra compensar minhas frustrações, não ser uma encalhada, ter uma extensão da minha mãe? 


Ou “simplesmente” para ser feliz e se permitir dividir seu mundo com alguém especial?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Decepção!


Às vezes acho que não sou desse mundo.

Não sou a melhor das criaturas, mas estou bem longe de ser a pior. E isso não é ego inflado, é avaliação de caráter e valores.

O que se ganha sendo mesquinho, enganando, tirando proveito de tudo?

Impressão minha ou tem gente que veio à esse mundo única e exclusivamente pelo material?

Ninguém precisa viver sem ambições, sem conquistas. O que me intriga são os meios para conquistar os objetivos. É necessário passar por cima dos outros?

Humildade não é sinônimo de pobreza.

Humildade é doação, respeito pelo outro, pela vida e, sobretudo, gratidão e reconhecimento de tudo que se tem.

Pobreza maior é a de espírito. Aquela que cerca o coração daqueles que não pensam no próximo, vivem isolados em seu mundo, preocupados com coisas pequenas.

Cansada de gente que tenta tirar vantagem em tudo. No trânsito, no trabalho, na faculdade, na fila...

Cansada de esperar gentileza. Não aquela mascarada em “bom dias” frios,  “por favores” ríspidos e “obrigados” obrigados... Mas aquela de coração...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O tempo voa?

Lembro quando era criança e as tardes brincando de elástico, queimada, corda eram aproveitadas minuto a minuto e o tempo parecia não passar.
Na adolescência as tardes jogando vôlei, paquerando (sim, paquerando e não piriguetando) levavam uma vida...

E porque essa impressão de que tudo hoje em dia passa rápido demais, que não temos tempo para mais nada?

Posso estar errada, mas atribuo grande parte dessa sensação à grande quantidade e velocidade da informação.

Não tínhamos internet, celular.

As revistas mensais era onde descobríamos os novos lançamentos da música, sabíamos um pouco mais sobre nossos ídolos, líamos aquelas dúvidas de sexualidade. Aí incluíam-se Capricho, Atrevida e Carícia.
Se queríamos conversar com uma amiga, as tardes (depois de lavar a louça, é claro) era reservada para ela ou àquele longo telefonema. Até cartas eu trocava com as amigas mais distantes.
Já os meninos, sabiam dos lançamentos de games, das bandas pela revistinhas. Passavam tardes nos fliperamas, empinando pipa, jogando bola...
A coisa mais próxima que tínhamos das redes sociais eram os cadernos de perguntas. 50 questões no mínimo, respondidas com afinco e com uma dedicatória no final.
E tudo isso era feito sem pressa, sem pressão.

A evolução é bem vinda, é necessária. E ela só é possível por meio da informação.

Mas confesso que as vezes me estressa tanta coisa ao mesmo tempo. A mídia dispara o tempo todo mil e uma receitas para tudo. Como estudar melhor, educar seu filho, ser um profissional de sucesso, ser rico, ser feliz. As tendências, de moda, de mercado mudam o tempo todo e você p-r-e-c-i-s-a estar antenado.

Preciso mesmo? Isso é imprescindível para a minha vida?

Tive a experiência de me desconectar e desligar do mundo por 10 dias. Fiz uma viagem para o interior da Bahia, em um sítio sem telefone, sem internet, sem celular, pouca TV. O que para uns pode ser sinônimo de ociosidade se transformou em momentos de descontração, simplicidade, percepção das pessoas, da minha vida. E foi altamente produtivo. A impressão que tenho é que 10 dias se transformaram em 30. Cansei o corpo com atividades na natureza, mas descansei a mente.

Não precisei me preocupar porque o meu cabelo e unhas não estavam impecáveis. Não fez diferença não saber os trend topics do twitter ou ver pelo facebook que aquele amigo está jantando no restaurante X ou Y. Para que assistir três jornais, todas as novelas? Perder meu tempo e minhas horas com tudo o que passa pelo mundo? Para estar antenada e vivendo pelos outros? Não, obrigada!

Equilíbrio é a palavra. Mas não aquele que está nas revistas, na internet, ditado pelos outros. Quero equilíbrio para viver. Trabalhar para realizar meus sonhos. Descansar na medida para dar valor às minhas ocupações. Me cuidar para que eu me sinta bem. Ler o que me agrada, me faz viajar. Viajar para conhecer lugares e culturas, não pra dizer que fui.

Quem sabe assim eu não viva bem melhor meus 20 e poucos anos e não acorde como naquele filme, de repente 30...


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ninguém precisa gostar do que gosto, ouvir o que ouço...

Há alguns dias comentei sobre música. Citei que há preconceito por parte de algumas pessoas se você não gosta única e exclusivamente de um estilo musical.
Cresci ganhando fitas e Lp’s de Sandy e Junior e Xuxa e vendo meu pai escutar aquelas músicas da Jovem Guarda, como Roberto Carlos, The Fevers, Odair José...
Na adolescência, tive várias influências de amigos e passei a escutar samba e pagode.
No fim da adolescência o sertanejo reapareceu com duplas novas e lá estávamos curtindo os intervalos das aulas ao som de Bruno e Marrone (hoje é sexta feira dia de bebemorar...)
Eu  gostava do meu grupo de amigos e criticar o que eles ouviam só me afastaria deles.
Nessa mesma época estourava nas rádios “Quem sabe eu ainda sou uma garotinha” da Cássia Eller e eu simplesmente adorei aquela voz. Daí, passei a me interessar pelo Pop Rock Nacional e a ouvir Cássia, Nando Reis, Capital Inicial, Charlie Brown Jr, Rappa, Frejat, Legião, dentre tantos outros....
A internet não era popular e o arquivo mp3 não existia. Então as rádios, os cds comprados e emprestados eram o que faziam nosso acervo pessoal.
Comecei a trabalhar, conheci outras pessoas e meu acervo musical só aumentou: Alanis Morissete, U2, Titãs, Kid Abelha...
E o meu namorado era roqueiro, daqueles que usavam bandana, All Star e camisa de banda. Gostava de Nirvana, Metallica e todas aquelas bandas de rock tradicionais. E o que me encantou nele? É que não havia preconceito com os meus gostos. Ele conheceu o meu mundo e abriu o dele.
Fiz um curso em uma outra cidade e conheci pessoas de idades bem diferentes. Lembro que tinha três amigos mais próximos, uma era roqueira, outro rapper e o outro, vindo do Ceará, gostava de forró. Nos intervalos a sala toda se juntava e percebíamos que música sempre estava em nossos assuntos. Tínhamos um violonista e um violoncelista na turma. E por incrível que pareça nossa distração principal era cantar; e quanto mais velha a música, melhor... A nossa primeira influência musical veio de nossos pais, todos sabiam alguma coisa de Milionário e José Rico, João Mineiro e Marciano, Chitãozinho e Xororó, Roberto Carlos e por aí vai... Podíamos até não gostar, mas sabíamos. Tanto que a frase que assinamos em nosso e-mail do grupo era “ De que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar”... E sem dúvida, essa foi a época em que estudei e que mais me diverti.
E qual a lição de todas essas influências? Que o importante era estar feliz, cercada de pessoas e momentos que me faziam e fazem bem.
Necessariamente um nordestino não precisa só escutar forró, um carioca samba e funk, um paulistano rock e um paulista sertanejo.
Isso não quer dizer que não tenho personalidade, mas que estou aberta ao novo e às pessoas e seus gostos. Me permito conhecer e isso não quer dizer que gosto de tudo que ouço. Tenho como particularidade não gostar de canções melodramáticas ou vulgares.
Mas tenho como valor o respeito ao próximo. E o mínimo que espero das pessoas é o mesmo... Ninguém precisa gostar do que gosto...

Cada um sabe a dor e alegria de ser o que é....

É triste ver como as pessoas são capazes de afastar o outro, se isolar por um ato tão egoísta: o julgamento.
Somos pessoas diferentes, na raça, na formação espiritual e familiar, nas experiências vividas, nas bagagens adquiridas e portanto, o julgamento é inútil.
Não digo que temos que ser seres condicionados, que não pensam, não tem opinião, não é isso. Temos que ter opinião, mas daí a julgar o outro como certo e errado é um pouco de pretensão.
Tenho minha religião, minha crença. Mas isso não me garante o direito de dizer que a religião do outro é errada e que ele está desvirtuado por não seguir o meu caminho.
Tenho minha opção sexual. E isso não me dá o direito de julgar a opção do outro e dizer o que ele deve fazer com seu corpo e sentimentos.
Tenho minha cor. E isso não me dá o direito de dizer que uma pessoa é o que é pela sua raça. E não me refiro apenas ao negros. Já vi muita gente julgando branco.
Como diz aquela expressão, cada um sabe a dor e alegria de ser o que é....

E porque entrei nesse tema? Pois não gosto quando sou criticada por coisas fúteis e que não interferem na vida de ninguém.
Que mal há em gostar de dormir e acordar tarde?
Que mal há em gostar de todo tipo de música?
Que mal há em ser mulher e gostar de cerveja?
Que mal há em ser casada(o) e gostar de sair com as(os) amigas(os)?
Que mal há em não querer seguir um padrão (de cabelo, roupa, atitudes)?

Agora falar mal de alguém para outro ou não respeitar a opinião do outro é um mal... Aliás, a raiz de muitos males e atos intolerantes que vemos hoje.

Gosto de todo tipo de gente. Ou melhor, gosto de gente educada, humana e feliz, que se preocupa com a sua própria felicidade e existência e não perde tempo com coisas que não levam a lugar nenhum.







O que é importante?

Comecei a escrever como um modo de desabafar, me livrar das angústias, mas sem ferir ninguém...

Tenho uma dificuldade extrema de lidar com pessoas perfeccionistas, detalhistas. Isso não quer dizer que tudo o que eu faço é de qualquer jeito... Só sou objetiva, prática e talvez, chata.
No trabalho lido com uma pessoa que não tem pressa pra nada, é extremamente meticulosa em suas atividades e de tanto que é, não confia suas atividades e conhecimento à ninguém.

Vivemos em grupo, trabalhamos em equipe e na minha opinião, são essas pessoas as que mais barram os processos. Não me refiro àqueles que estão em processo de aprendizagem, mas sim àqueles que são expert no que fazem, mas consideram-se imprescindíveis e insubstituíveis. Não acho que ninguém é insubstituível, mas acho que quanto menos você ensina, menos se aprende e mais se prende. São essas pessoas que nunca aproveitam seu horário de almoço, seu fim de semana, nunca tiram férias, enfim... perdem um tempo precioso de suas vidas.

Não sou uma desocupada, não sou uma workaholic, mas poderia ser... Tenho livre arbítrio pra ser o que quiser... E escolhi viver. Preciso trabalhar, mas única e exclusivamente para realizar os MEUS sonhos... Quando o caminho escolhido estiver distante do pote de ouro é hora de mudar a rota...