quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ninguém precisa gostar do que gosto, ouvir o que ouço...

Há alguns dias comentei sobre música. Citei que há preconceito por parte de algumas pessoas se você não gosta única e exclusivamente de um estilo musical.
Cresci ganhando fitas e Lp’s de Sandy e Junior e Xuxa e vendo meu pai escutar aquelas músicas da Jovem Guarda, como Roberto Carlos, The Fevers, Odair José...
Na adolescência, tive várias influências de amigos e passei a escutar samba e pagode.
No fim da adolescência o sertanejo reapareceu com duplas novas e lá estávamos curtindo os intervalos das aulas ao som de Bruno e Marrone (hoje é sexta feira dia de bebemorar...)
Eu  gostava do meu grupo de amigos e criticar o que eles ouviam só me afastaria deles.
Nessa mesma época estourava nas rádios “Quem sabe eu ainda sou uma garotinha” da Cássia Eller e eu simplesmente adorei aquela voz. Daí, passei a me interessar pelo Pop Rock Nacional e a ouvir Cássia, Nando Reis, Capital Inicial, Charlie Brown Jr, Rappa, Frejat, Legião, dentre tantos outros....
A internet não era popular e o arquivo mp3 não existia. Então as rádios, os cds comprados e emprestados eram o que faziam nosso acervo pessoal.
Comecei a trabalhar, conheci outras pessoas e meu acervo musical só aumentou: Alanis Morissete, U2, Titãs, Kid Abelha...
E o meu namorado era roqueiro, daqueles que usavam bandana, All Star e camisa de banda. Gostava de Nirvana, Metallica e todas aquelas bandas de rock tradicionais. E o que me encantou nele? É que não havia preconceito com os meus gostos. Ele conheceu o meu mundo e abriu o dele.
Fiz um curso em uma outra cidade e conheci pessoas de idades bem diferentes. Lembro que tinha três amigos mais próximos, uma era roqueira, outro rapper e o outro, vindo do Ceará, gostava de forró. Nos intervalos a sala toda se juntava e percebíamos que música sempre estava em nossos assuntos. Tínhamos um violonista e um violoncelista na turma. E por incrível que pareça nossa distração principal era cantar; e quanto mais velha a música, melhor... A nossa primeira influência musical veio de nossos pais, todos sabiam alguma coisa de Milionário e José Rico, João Mineiro e Marciano, Chitãozinho e Xororó, Roberto Carlos e por aí vai... Podíamos até não gostar, mas sabíamos. Tanto que a frase que assinamos em nosso e-mail do grupo era “ De que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar”... E sem dúvida, essa foi a época em que estudei e que mais me diverti.
E qual a lição de todas essas influências? Que o importante era estar feliz, cercada de pessoas e momentos que me faziam e fazem bem.
Necessariamente um nordestino não precisa só escutar forró, um carioca samba e funk, um paulistano rock e um paulista sertanejo.
Isso não quer dizer que não tenho personalidade, mas que estou aberta ao novo e às pessoas e seus gostos. Me permito conhecer e isso não quer dizer que gosto de tudo que ouço. Tenho como particularidade não gostar de canções melodramáticas ou vulgares.
Mas tenho como valor o respeito ao próximo. E o mínimo que espero das pessoas é o mesmo... Ninguém precisa gostar do que gosto...

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